quinta-feira, 13 de setembro de 2007

ME 39

ME 39
Adolescência na Sociedade

Tempo do Dirigente:
Desenvolvimento: O tema central desta discussão deve ser Medo. Procurar com que a turma reflita sobre o quanto tal sentimento está presente em suas vidas, do que tem medo (da solidão e do desconhecido por exemplo), como agem quando tomados por tal sentimento. Fazer com que a reflexão seja positiva, ressaltando os sentimentos e atitudes positivas que temos que nos previnam do medo. O resultado do medo em nossas vidas será a perda do poder de pensar e agir com responsabilidade.

Aula:
Objetivos: propiciar reflexão sobre o papel que o jovem exerce dentro da sociedade e a necessidade de um posicionamento ativo.
Metodologia: esta aula deve ser conduzida de maneira que os jovens possam expressar seus sentimentos e anseios perante a sociedade. Devem ser conscientizados da importância de desenvolverem a autonomia e a oposição do ser pelo ter. Apesar de não ter de ser moralista, devem também refletir sobre o papel que exercem dentro da sociedade e qual o posicionamento que devem ter.
Embasamento Teórico: Uma grande conquista desse período é a capacidade de pensar em termos abstratos e o pensamento hipotético. Aqui, pela primeira vez, o jovem é capaz de pensar independentemente da percepção imediata e da vivencia de uma experiência, ocorrendo o pensamento hipotético-dedutivo, onde a partir de uma situação, levantam-se hipóteses que serão avaliadas e a partir daí tentar deduzir conclusões.
Ele se torna capaz de fazer questionamentos, julgamentos, flexibilizar as regras, analisar criticamente os sistemas sociais, conceber doutrinas filosóficas e compreender pesquisas.
Qualquer nova aquisição causa desequilíbrio interno e com a conquista do pensamento abstrato não poderia ser diferente, o pensamento se abre de tal modo que o adolescente se surpreende com a imensidão de questionamentos que brotam dentro de sua mente, ele se vê questionando pontos antes nunca pensados, do tipo: Quem sou eu?
Devido a isso, apresentam necessidades de exercitar essa nova conquista cognitiva que se manifestam através da oposição. Neste caso, as primeiras vítimas são os pais, que são questionados em seus valores morais, atitudes e formas de convivência intrafamiliar.
Há uma busca da autonomia, onde o adolescente reivindica liberdade e controle dos pais e, aos pais cabe procurar ter uma postura onde possa ao mesmo tempo favorecer o desenvolvimento da autonomia e “não soltar as rédeas”, pois o jovem ainda necessita de referencias.
Uma das principais queixas dos adolescentes é a falta de diálogo entre os membros da família, pois muitas vezes, estão todos em casa, mas cada um está centrado em seus afazeres e não encontram espaço pessoal para participar da vida do outro; os pais não reconhecem mais o seu bebê naquele adolescente e o filho não enxerga mais o herói de outrora no corpo dos pais.
A comunicação familiar é essencial na formação da identidade do adolescente, porque os mesmos necessitam de modelos e se não encontrarem na realidade, irá buscá-los na ficção. O maior perigo é quando se busca modelos fictícios de autodestruição ou destruidor, pois nesse período houve a conquista do pensamento abstrato, mas não houve o despertar do discernimento, fundamental para filtrar os modelos negativos.
a) Alienação:
ü Problemas sociais: até quanto se tem consciência, qual o nosso papel e responsabilidades;
ü Consumismo exacerbado: quais nossos valores e quais os valores desta sociedade;
ü Ter x ser: refletir sobre nosso posicionamento perante esta oposição;

b) Desenvolvimento da Autonomia:
ü Ansiedade em relação às mudanças físicas e sociais: os quantos lutam e confiam nas mudanças;
ü Mudanças muito rápidas ocorrem neste período, o que pode dificultar a constância no sentimento de integridade do ser (sentir-se estranho);
ü É necessário tempo para que essas mudanças possam ser integradas em sua identidade.

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